CAMPINAS GANHA A 1ª USINA VERDE PÚBLICA DO BRASIL

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O prefeito Jonas Donizette e o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo, fizeram, no dia 9 de novembro, a entrega da 1ª Usina de Compostagem Orgânica de Campinas, que produz o adubo orgânico a partir do lodo resultante do esgoto. O anúncio foi feito durante transmissão ao vivo do Salão Azul. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Campinas, a Sanasa, a Ceasa e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

De acordo com o prefeito Jonas Donizette, a usina verde, como é chamada, é a primeira pública deste modelo no Brasil. “Esta usina vai gerar para a prefeitura uma economia de dois milhões de reais, já que o resíduo não será mais enviado para o aterro sanitário da Estre, em Paulínia”, anunciou o prefeito. “Estamos muito felizes com a criação desta usina, é um gol a favor da sustentabilidade”, comemorou o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo.

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A Prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, é a responsável pela operação da usina e pela destinação de galhos e folhas de árvores resultantes das podas de áreas públicas do município. Cabe à Ceasa o fornecimento dos restos de frutas, legumes e verduras. “O aterro sanitário é um dos piores problemas ambientais em área urbana, leva mais de cem anos para ser neutralizado. Não levando esse material para o aterro vamos deixar de gerar o chorume, uma grande fonte de contaminação de aquíferos, e gás metano, que é um dos piores gases de efeito estufa”, explicou o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.

A área para o funcionamento da usina localizada na Fazenda Santa Elisa foi cedida pelo IAC, que é o responsável pela certificação e qualificação agronômica do produto final, após a compostagem. “O produto será certificado por nós para que o produtor saiba o que está adquirindo”, explicou o cientista técnico responsável do IAC, Sérgio Augusto Moraes Carbonel. O resíduo proveniente da compostagem pode ser usado como fertilizante agrícola biológico, sem adição de produtos químicos.

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Com a operação total da usina, a Sanasa será responsável pelo fornecimento de cem toneladas por dia de lodo provenientes das estações de tratamento de esgoto (ETEs). O lodo é um resíduo orgânico rico em nutrientes que pode ser reaproveitado de forma ambientalmente adequada. Considerando a licença ambiental atual e a operação da capacidade plena da usina, a Sanasa conseguirá gerar uma economia de aproximadamente R$ 53 mil por mês. Com licença concedida pela Cetesb, a usina já está operando parcialmente desde o início de 2020. Dessa forma, a Sanasa pode enviar diariamente 33 toneladas de lodo para compostagem. A capacidade plena da usina é de cem toneladas de lodo por dia.

Além do lodo, a Sanasa forneceu equipamentos fabricados na Áustria, necessários para o processo de compostagem, como triturador, composteira e peneira. A empresa de saneamento também é responsável pela construção de uma estufa tipo agrícola. Trata-se de um barracão coberto com 18.157,50 metros quadrados. Essa cobertura plástica eleva significativamente a temperatura do local, pela incidência solar, possibilitando a desidratação e a higienização do lodo, importante etapa no processo de compostagem. A previsão é que a estufa seja concluída em dezembro deste ano.

O investimento total da Sanasa no campo de compostagem foi da ordem de R$ 7.256.890 milhões. Desse total, R$ 5.837.300 milhões foram investidos na aquisição de máquinas e equipamentos. O restante, R$ 1.419.590 milhão foram aplicados na construção da estufa.



P-A - 18/11/2020



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