O primeiro sistema público de abastecimento do município data de 1875, com a construção de alimentadores em ferro fundido que levavam água de nascentes até os primeiros chafarizes da cidade. Em 1891 foi iniciada a implantação das primeiras ligações de água residenciais. A partir de 1935 foi feita a ampliação do sistema, permitindo o abastecimento da população como um todo, sem a necessidade de controle qualitativo da água distribuída, uma vez que os mananciais tinham excelente qualidade.
As ações direcionadas à qualidade da água na rede de distribuição têm por objetivo estabelecer a metodologia para controle e gerenciamento, com a finalidade de garantir os padrões de potabilidade de acordo com a Portaria de Consolidação nº 5 de 2017 – Ações e Serviços de Saúde – Seção II do Capítulo V, Art. 129 (Anexo XX – Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade – Origem: Portaria MS/GM 2.914/2011) e em conformidade com diretrizes do Plano de Segurança da Água da Sanasa – PSA.
O município possui 4.685,03 km de redes de distribuição de água, divididas em 25 setores de abastecimento com 69 reservatórios, para atender uma população de 1.182.429 habitantes.
Além do cumprimento da legislação vigente, a Sanasa tem como premissa a melhoria contínua da água distribuída à população campineira, na busca incessante da excelência na qualidade da água.
Para tanto, mantém programas voltados à qualidade da água captada, tratada, reservada e distribuída, com ações iniciadas em 1993 de monitoramento de pontos de captação dos rios Atibaia e Capivari. Quanto ao processo de melhoria contínua, iniciou em 1997 análises em pontos críticos, detectados através de programa de mapeamento das redes de distribuição em conjunto com o Programa de Controle de Perdas Físicas de Água. O Programa de Controle de Perdas apontou a necessidade de troca de redes de ferro galvanizado e cimento amianto, bem como constatou a situação crítica da região central, que compreende as redes mais antigas, predominantemente em ferro fundido, com sérios problemas para troca ou reforço em função do grande número de interferências existentes. As redes centrais possuem os resultados mais adversos em termos de qualidade da água, pois estão praticamente todas incrustadas, resultando em problema de coloração e baixo teor de cloro residual.
Os resultados apresentados neste estudo foram primordiais na definição de ações para troca de redes e reforços que possibilitaram a melhoria da qualidade da água, com ênfase na saúde pública. Os hospitais localizados na região central da cidade tiveram tratamento diferenciado com a implantação de redes exclusivas de abastecimento, com resultados significativos na qualidade da água fornecida.
O monitoramento na qualidade da água nas redes de distribuição é feito diariamente em 16 rotinas e 232 pontos de coletas pré-estabelecidos em função de sua posição, setor de distribuição e características da rede, e uma rotina específica para os 19 hospitais da cidade.
O programa de acompanhamento, que teve inicialmente como finalidade avaliar as condições da água em pontos críticos e definir ações, permanece ativo com um banco de dados rico em séries históricas, possibilitando a tomada de decisões mais assertivas nas definições de ações de melhorias, tais como: reforço nos alimentadores, instalação de estruturas redutoras de pressão, manutenção de válvulas, conserto de vazamento, trocas de redes etc.
Metodologia utilizada: