Como funciona
Formado por uma descarga elétrica em uma célula contendo oxigênio, o ozônio não é possível de ser armazenado, sendo necessária a produção no local. “É um dos mais eficazes e de mais fácil adaptação em instalações já existentes e, atualmente existem instalações em várias partes do mundo como Inglaterra, Holanda, Portugal, Espanha, Estados Unidos, França entre outros”, explica o coordenador da Estação de Tratamento de Água (ETA) III da Sanasa, Sidnei Lima Siqueira.
Diante dos avanços nos equipamentos utilizados para detecção de compostos químicos, os cientistas têm descoberto cada vez mais compostos oriundos das diversas atividades, humana e industrial, nas águas utilizadas para abastecimento público.
Os resultados destes estudos, em algumas situações, têm causado preocupação à comunidade cientifica em relação aos danos provocados aos organismos aquáticos. Alguns destes compostos, dentre eles estão os hormônios sintéticos e naturais, alguns fármacos utilizados na medicação rotineira, compostos existentes em creme dental e protetores solar, por possuírem estrutura extremamente complexa, não são retirados completamente no tratamento convencional quando se utiliza cloro como oxidante.
Atualmente estes e outros compostos não são legislados, muitos deles por falta de resultados conclusivos. Alheio a isto, a Sanasa investe em pesquisa com a finalidade de remoção destes compostos no processo de tratamento de água.
Siqueira explica que o tratamento com esta substância acaba saindo mais barato do que com cloro. “Além disso, como o ozônio se decompõe em oxigênio, os subprodutos gerados são quase sempre menores”, esclarece.
“Num primeiro momento, vamos dar continuidade às pesquisas, pois temos que tirar nossas próprias conclusões acerca da eficiência do ozônio como desinfetante principal no tratamento de nossa água e, concomitantemente estarmos preparados para quando esses contaminantes emergentes estiverem legislados e forem estabelecidos novos valores para a água distribuída à população”, finaliza Pastore.