Participaram do evento o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Eduardo Levi Mattoso, o diretor da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Marcos Helano Fernandes Montenegro, a prefeita de Campinas, Izalene Tiene, e o presidente da Sanasa, Ricardo Schumann.
Investimentos
O Governo Federal irá liberar para a Sanasa R$ 80 milhões, o que representará 10% do total da verba a ser destinada para todo o país e única empresa municipal de saneamento a ser contemplada. O recurso, proveniente do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), será destinado para a construção de interceptores e tratamento de esgoto dos setores Sousas/Joaquim Egídio, Barão Geraldo, Boa Vista, San Martin e Piçarrão. “Campinas é a cidade que tem maior canteiro de obras em saneamento”, disse a prefeita Izalene Tiene.
O contrato foi assinado com as instituições financeiras que são os agentes repassadores dos recursos. A operacionalização dos contratos será feita pela Caixa Econômica Federal.
No início da atual administração, o índice de tratamento de esgoto era de apenas 5%. Em 2001 foi inaugurada a ETE Samambaia elevando para 10% este índice.
Um grande salto para a despoluição dos rios da região
Ao elevar para 70% o índice de tratamento de esgotos de Campinas, haverá uma melhora significativa na despoluição das bacias dos rios Piracicaba e Capivari.
As duas maiores estações de tratamento de esgoto do interior de São Paulo, as ETEs Anhumas e Piçarrão, estão incluídas no Plano Diretor de Tratamento de Esgotos da Sanasa.
A ETE do Ribeirão Anhumas, na bacia do Rio Atibaia, será responsável por tratar os esgotos de 250 mil pessoas assentadas sobre a área central e os bairros mais antigos da cidade, aumentando em 27% o índice de tratamento.
Já a ETE do Ribeirão Piçarrão, na bacia do Rio Capivari, vai tratar os esgotos correspondentes a uma população de 200 mil moradores da região sul de Campinas, está em construção e deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2004, elevando em mais 23% o índice de tratamento em Campinas.
A ETE Santa Mônica, na bacia do Ribeirão Quilombo, foi inaugurada no última dia 22 de março, Dia Mundial da Água, e contribuiu com mais 4% de esgoto tratado.
Outras quatro ETEs estão em fase licitação de obras e serão iniciadas ainda este ano: Boa Vista e San Martin na região do Ribeirão Quilombo, Barão Geraldo e Sousas/J. Egídio na bacia do Rio Atibaia. Estas 4 estações serão responsáveis por tratar mais 12% dos esgotos produzidos em Campinas.
Parceria inédita em saneamento garante
mais uma obra de tratamento de esgoto
A Sanasa, a Caixa Econômica Federal e os Empreendedores assinaram nesta segunda-feira o Protocolo de Intenções para formação da Sociedade de Propósito Específico - SPE, com o objetivo de viabilizar os investimentos da execução das obras de interceptação e Estação de Tratamento de Esgoto Jardim Florence, na bacia do Rio Capivari, setor Campo Grande.
Com a SPE, os empreendedores deixarão de fazer as estações de tratamento de esgoto individuais em seus empreendimentos localizados na região do Campo Grande. Porém, construirão, por meio de empréstimo com a CEF no valor estimado de R$ 15 milhões, uma única estação que atenda a população dos empreendimentos das empresas privadas participantes, bem como a população remanescente há anos assentada na região.
A ETE Florence já estava projetada pela Sanasa para atender a demanda do Orçamento Participativo 2004. A obra será dividida em 4 módulos. O primeiro módulo tratará 100 litros de esgoto por segundo e contemplará os empreendimentos Cosmos, Cosmos I, Centauro, Lira, Sirius, Antares, Orion, Novo Mundo , Dona Amélia, Serra Dourada, Caiman e Ouro Preto, além do bairro Cidade Satélite Iris. Nesta primeira etapa serão beneficiadas 62 mil pessoas.
Os outros 3 módulos atenderão os demais bairros da região do Campo Grande como Jardim Florence, Jardim Florence I e II, Jardim São Judas Tadeu, Parque Valença I e II, Jardim Sul América, Jardim Nova Esperança, Chácaras Morumbi, Jardim Marialva, Jardim Maringá, Jardim Rossin e Gleba Santa Rita.
Quando primeira etapa das obras da ETE Florence estiverem concluídas, a mesma será locada à Sanasa por, aproximadamente, 15 anos pela SPE. Após este período este módulo e o terreno passarão a fazer parte do patrimônio da empresa. “Com mais esta ETE elevaremos para 76% o índice de tratamento em Campinas”, enfatizou o presidente da Sanasa, Ricardo Schumann.
Os empreendedores participantes da SPE São: Mestra Engenharia Ltda; Empresa de Investimentos Campinas; FTA Desenvolvimento Imobiliário S/A; Erbetta Engenharia de Construções Ltda; Almeida e Barreto Engenharia Ltda.