As Estações de Tratamento 3 e 4, responsáveis por 70% da água que abastece Campinas, tratam em média 2,5 m3/s do Rio Atibaia. No processo de potabilização, nas etapas de decantação e filtração, os sólidos em suspensão presentes na água bruta captada ficam retidos. Esses sólidos, na forma concentrada (lodo), eram lançados na cabeceira do Ribeirão dos Pires, que além de provocar o assoreamento de sua calha, voltavam ao Rio Atibaia contribuindo para sua poluição.
Reaproveitamento do lodo
Para dar um destino final ao lodo tratado, sem ter que transportá-lo em sua totalidade ao aterro sanitário, a Sanasa firmou um convênio com a Unicamp para identificação do potencial do lodo para aproveitamento benéfico na construção civil. A parte líquida removida no processo de tratamento do lodo será recuperada e retornará para o início do processo de tratamento de água.
A ETL tem por objetivo elevar o teor de sólidos de 1% para 30% no processo de desaguamento, produzindo 51 toneladas diárias de lodo. A universidade vem estudando a viabilidade técnica e econômica de agregar o lodo à argila para fabricar tijolos cerâmicos, bem como seu aproveitamento junto ao entulho triturado proveniente da indústria da construção civil na fabricação de blocos e pisos de concreto. Com um custo mais baixo, estes produtos poderão ser utilizados na construção de casas para famílias carentes.
Com mais esta obra, a Sanasa está contribuindo com a melhoria do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável de Campinas.