DIABETES: ALIMENTOS REQUEREM ATENÇÃO

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Doces são uma das guloseimas mais presentes em nosso dia a dia, e não há quem não resista. É costumeiro ouvir: ‘quem tem diabetes não pode comer doces’. Eis que surge um mito. De acordo com o médico endocrinologista Bruno Geloneze, do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes – LIMED/ UNICAMP, não só o açúcar, mas as gorduras animais ingeridas também contribuem para o aumento de glicose no sangue, ou seja, a hiperglicemia, pois aumentam a obesidade e dificultam a ação da insulina de controlar o açúcar no sangue.

Os alimentos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose que será convertida em fonte de energia através da ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. Na falta deste hormônio, ou no seu funcionamento incorreto, haverá o aumento da glicose no sangue, podendo causar o diabetes.

Silencioso, o diabetes não apresenta sintomas, exceto quando nas fases mais avançadas da doença, nas quais o rim filtra a glicose, fazendo com que o indivíduo urine excessivamente e tenha muita sede. Como consequência, há desidratação e perda de peso. “O exame de detecção é a forma utilizada para constatar a doença e o resultado da glicemia deve ser de até 125 miligramas, para ser considerado normal”, menciona o endocrinologista sobre a importância de se realizar este tipo de exame.

O diabetes, quando não tratado, pode provocar insuficiência renal, alterar a retina de maneira grave e os nervos do corpo, além de aumentar a chance de ocorrer enfarte do coração ou derrame cerebral. “Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada através de uma alimentação saudável, com a prática de exercícios físicos e a realização periódica de exames laboratoriais para ajustar as doses dos medicamentos utilizados”, orienta o médico.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de manter hábitos saudáveis e informar sobre a doença, em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil é um dos campeões no aumento de casos de diabetes, que chegam a 15 milhões, sendo que parte desta população não sabe que tem a doença.

Conheça os tipos

Tipo 1: É quando o pâncreas não produz insulina suficiente, devido à destruição autoimune de suas células ocasionada pelos anticorpos. Tem mais incidência na infância e na juventude, representando menos de 5% dos casos.

Tipo 2: É quando o pâncreas falha, devido à excessiva produção de insulina para vencer a resistência à ação da insulina. É recorrente em pessoas obesas e que tenham maus hábitos.



P-A - 04/02/2015



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