SANASA E VIGILÂNCIA MONITORAM ÁGUA

A Sanasa e a Vigilância em Saúde de Campinas assinaram um convênio para monitorar e fiscalizar a qualidade da água destinada ao consumo humano distribuída no município e proveniente tanto do sistema de abastecimento público quanto de fontes alternativas particulares (poços tubulares, caminhões-pipa, água para irrigação, entre outros). O objetivo desta atividade conjunta é verificar se a água está de acordo com os padrões de potabilidade exigidos para o consumo humano e, assim, prevenir as doenças que são provocadas pela falta de qualidade na água – chamadas de doenças de veiculação hídrica, dos quais as mais comuns são diarréia e hepatite A.

O convênio prevê também que Sanasa e Vigilância desenvolvam atividades educativas e do uso racional da água pela população. Este conjunto de ações entre os órgãos municipais recebeu o nome de “Programa Vigiágua” (Programa Municipal de Vigilância da Qualidade da Água) e foi lançado em um evento nesta sexta-feira pela manhã, no gabinete do Prefeito.
“O sentido deste programa é a prevenção e não a punição. A idéia é manter a qualidade de toda a água consumida em Campinas equiparada com a qualidade da água que distribuímos na Sanasa, que está nos padrões ideais para o consumo humano”, disse o presidente da empresa de saneamento de Campinas, Luiz Augusto Castrillon de Aquino.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Salma Balista, reforçou a importância de realizar uma atividade conjunta com a Sanasa. “Junto com a Sanasa, vamos ampliar a capacidade de atuação na fiscalização da água distribuída e consumida em Campinas”, falou.

Ações
As atividades que pretendem avaliar o controle da qualidade da água em Campinas serão realizadas por técnicos da Sanasa e da Vigilância em Saúde, que farão vistorias em instalações hidráulicas e sanitárias de estabelecimentos públicos ou privados, serviços de irrigação, serviços de saúde, indústrias, condomínios, empresas envasadoras e transportadoras de caminhões-pipa e estabelecimentos e atividades de comércio, indústria e prestação de serviços que utilizam a água como insumo básico no trabalho: por exemplo, restaurantes (que usam água para elaboração de refeições) e hospitais (água é o principal meio para limpeza e desinfecção).
O programa prevê também o cadastramento de sistemas e soluções alternativas de abastecimento tanto na Sanasa quanto na Vigilância em Saúde. Este banco de dados será uma ferramenta para monitorar a qualidade da água e isso vai permitir a realização de ações de proteção, prevenção e controle de doenças.
As visitas de fiscalização serão realizadas de acordo com uma programação determinada pelos órgãos envolvidos no programa e também por meio de denúncias recebidas pela Vigilância ou pela Sanasa. O critério de seleção para a vistoria será de acordo com os locais em que os técnicos considerem como detentores de risco potencial à saúde individual ou coletiva.
As amostras colhidas serão analisadas pelos laboratórios da Sanasa e públicos, como o Instituto Adolfo Lutz, com base nos seguintes parâmetros: procedência, qualidade (por meio de uma análise físico-química, bacteriológica e organoléptica).
Durante a vistoria, também será exigido um relatório da qualidade da água disponível no imóvel, que deverá estar afixado em um local visível para a população. Este documento vai servir ainda para cadastro do estabelecimento junto a Vigilância em Saúde e a Sanasa.
O Vigiágua fará também atividades preventivas para detectar fatores de risco à saúde pública e, assim, elaborar programas de controle de contaminação e assegurar a qualidade da água consumida pela população.



P-A - 04/08/2006



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