O prédio que tem 27 metros de altura e abriga uma caixa d´água, recebeu pintura nova nas paredes externas e internas, impermeabilização da cúpula e reparo nas redes elétricas e tubulações hidráulicas. Ainda serão colocados mármore nas pingadeiras das janelas e placas que indicarão o que o visitante consegue avistar em cada abertura.
O local, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc), ficou fechado para restauração por aproximadamente 4 meses. Durante esse período, a visita foi permitida apenas para grupos reduzidos. Do alto do mais importante marco geodésico do Estado de São Paulo é possível visualizar a cidade em 360 graus. Pelas janelas localizadas no topo da torre, os turistas e a população de Campinas têm a imagem da cidade como um todo. Em dias claros é possível ver inclusive as cidades vizinhas como Valinhos, Hortolândia, Sumaré e Paulínia.
O prédio abriga também parte do acervo do museu da Sanasa com peças antigas utilizadas no início do abastecimento público da cidade. No mesanino funciona o estúdio da Rádio Educativa de Campinas.
A Torre do Castelo fica na Praça 23 de Outubro, Bairro Castelo. O Horário de funcionamento é aos sábados e domingos das 12 às 20 horas. Durante a semana as visitas devem ser agendadas pelo telefone 3241-6931 ou pelo e-mail biblioteca1@sanasa.com.br
A história da Torre do Castelo
Na década de 30, a Prefeitura contratou o urbanista paulistano Francisco Prestes Maia - que mais tarde se tornou um dos mais brilhantes prefeitos de São Paulo - como consultor do plano viário da expansão de Campinas. Uma das propostas do urbanista foi dar continuidade à Avenida Andrade Neves, que na época se estendia da estação ferroviária da então Companhia Paulista de Estradas de Ferro, até a antiga maternidade (atual rodoviária). Segundo o projeto, essa avenida deveria se prolongar até o alto do loteamento Jardim Chapadão, terminando numa rotatória onde seria instalado um obelisco que poderia ser visto de toda a cidade.
Paralelamente, o antigo Departamento de Água e Esgoto de Campinas, hoje Sanasa, estava elaborando um plano diretor para solucionar o abastecimento de água em dois bairros emergentes: Botafogo e Guanabara. A opção foi a construção de um reservatório elevado no alto do Jardim Chapadão.
Ao tomar conhecimento do projeto do DAE, Prestes Maia aceitou substituir o obelisco pelo reservatório, recomendando no entanto que tivesse forma e estilo singular e que pudesse ter, na parte superior, um mirante. A construção da caixa de água foi tão marcante que aquela área, antes pertencente ao Jardim Chapadão, acabou se transformando, oficialmente, no Bairro do Castelo. O próprio bonde 10 que saía do centro da cidade junto à Igreja do Carmo na rua Sacramento, tinha a denominação Castelo.