Em 2016, a SANASA melhorou o indicador de consumo de água nas escolas dos Projetos de Uso Racional da Água em Escolas Públicas – REÁGUA, atingindo 60,9% de redução. Esse foi o ano dedicado à conclusão da implantação das ações e à fase de manutenção e monitoramento dos resultados de consumo que correspondem a uma redução mínima de 25%, sendo que em nenhuma hipótese o consumo pode ultrapassar 25 litros de água per capita.
O cumprimento de metas de redução é ilustrado pelo fato de que, antes do início do projeto, o consumo médio mensal das escolas era de 38.438 m³ e, em 2016 (período de janeiro a outubro), esta média passou a ser de 15.026 m³, representando uma redução de 60,9%. Esse indicador equivale ao resultado obtido com o atendimento de meta em 93% (noventa e três por cento) das unidades escolares envolvidas. O volume de água economizado é suficiente para abastecer em torno de 7.000 (sete mil) pessoas por mês, tendo como base o volume de 110 (cento e dez) litros por pessoa, conforme recomendado pelas Nações Unidas.
A adoção de equipamentos economizadores de água certamente contribui para a redução de consumo mensal. Porém, há de se considerar que a perenidade do projeto e dos resultados obtidos está associada ao envolvimento comunitário e à aplicação do SMR (Sistema de Medição Remota), adquirido para monitoramento do consumo das escolas do Projeto Reágua, Tal sistema é o mesmo adotado para macromedidores e grandes consumidores. A ferramenta possibilita a rápida identificação de eventuais vazamentos nas instalações hidráulicas, permitindo providências imediatas e reduzindo significativamente as perdas de água. A SANASA é responsável por manter em operação o SMR instalado nas escolas, como forma de garantir a sustentabilidade dos projetos, uma vez que o sistema identifica consumos anormais e envia alarmes aos responsáveis pela manutenção. Ao finalizar as ações do REÁGUA, em 2016, a SANASA estabeleceu uma estratégia que garante a manutenção dos processos de continuidade, engajando as escolas e todos os segmentos ligados às secretarias municipal e estadual de educação. Esses stakeholders contam com o Manual Prático, que contém informações sobre o projeto, e com o Guia de Manutenção e Conservação, que apresenta especificações técnicas, informações e dicas sobre os equipamentos adotados. Ações de educação ambiental complementam o processo de fortalecimento da participação das comunidades locais.
A partir desta experiência, foram possíveis o trabalho interdisciplinar, por meio do alinhamento da engenharia e educação ambiental, e o apoio e o envolvimento de representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar.